Ao alcance de...
Por jlcaon@terra.com.br 120115030112
O significado da expressão, “ao alcance de” (within de reach of, in the range of) persiste em muitas variantes: “ao alcance da mão”, ao alcance da voz”, “ao alcance da vista”, etc. Atualmente, em existência digital, temos também “ao alcance do e-mail”, “ao alcance da conversação digital”, também chamada “chat”.
Essa expressão é apropriada para mais uma vez ficar evidente que o ser humano inventa muito mais coisas do que é capaz de aproveitar. A cultura e seu imenso tesouro de bens são uma forte prova disso do que acabo de afirmar.
Estamos circunscritos e confinados, limitados e delimitados, mas, a perfectibilidade não esgota as enjambrações, arranjos e combinatórias dos elementos desses conjuntos fechados e abertos a que pertencemos. O conjunto fechado feito de elementos contados esgotaria os arranjos e combinações possíveis? Existiria um número contado de partidas de xadrez ou de tênis? O conjunto aberto seria o conjunto de possibilidades contáveis, como no frescobol, que, contadas, sempre podem ser continuadas?
Na prática, somos este sujeito que, sempre diferente em cada instante ou presente, tem que suportar, irrecusavelmente, estar à deriva entre conjuntos fechados de possibilidades e conjuntos abertos de possibilidades.
Possibilidades efetivamente contáveis e infinitamente contáveis estão ao alcance de nossos e-mails? Mas, se como sujeito não estás ao alcance nem de um conjunto nem de outro é porque não estás entre um e outro.
É sempre possível consumir a presa que os leopardos solitários caçam e as hienas coletivamente poderosas lhes subtraem.
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