Hotel finito e hotel transfinito
Por jlcaon@terra.com.br 12018030418
“Ars gratia artis” (arte pela arte) cai bem em “scribere gratia scribendi” (escrever por escrever). Para quem escrever?
Parece que quanto mais impessoalmente universal for o interlocutor, mais a escritura teria efeito de linguagem e de mentira e que quanto mais pessoalmente singular for o interlocutor, mas a escrita teria efeito de fala e de verdade.
O escritor amador é quem, digitalmente, com a ponta dos dedos, fala para alguém. Situa-se ENTRE a presencialidade e a ausência. Não comparte imediatamente o mesmo ar em que se encontra o interlocutor, por isso, não está em presença. Mas, comparte da mesma luz que seu interlocutor, por isso não esta em ausência.
Encontra-se, portanto, semipresencialmente e semiausentemente. Viver nesse e desse ENTRE é uma característica da existência digital.
Estamos em outra era? Outro mundo? E graças à linguagem? E pelo jeito, não vai haver retrocesso.
Uma vez lançada a imprensa, por Gutenberg, ela é para sempre. Uma vez lançada a internete por Berners-Lee, ela não vai ser para sempre? Comparemos o que é um hotel finito e ooutro traansfinito.
Um ônibus de excursão leva 32 profissionais: 8 psicanalistas, 8 engenheiros, 8 juízas e 8 freiras para o HOTEL DAS 16 CABANAS. Como hospedar matematicamente esses excursionistas sendo que “dois colegas de mesma profissão nunca podem estar na mesma cabana e nunca pode haver duas cabanas com formação idêntica?”
A WWW não é hotel finito. Hotel transfitino é a WWW (internete): http://georgecantor-6na.blogspot.com/
Ars gratia artis: http://www.youtube.com/watch?v=-RDShVFzQdI
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