segunda-feira, 19 de março de 2012


A conversação catequética e a outra.

Por jlcaon@terra.com.br



Os textos de um quarto de palavras obrigam a gente a ser rápido no tema.

Hoje, sem fazer conversação dialogada, me proponho a conversar por meio do método do Karnas. Karnas anda esquecido por vocês. Assim vocês andam esquecidos por ele.

Vou tentar nessa conversação de um quarto de palavras diferençar entre conversação catequética e outra.

Uma conversação catequética é animada por um perguntador que, se não sabe a resposta de cor, a tem escrita no livrinho. Em geral, o professor catequista não faz mais do que isso, pouco importand que a doutrina seja um conjunto de mitos e ritos indiscutíveis ou então um conjunto conhecimentos científicos ou históricos aceitos sem pestanejar.

Esse tipo de conversação catequética serve-se de prêmios e de punições para envaidecer ou humilhar os participantes. Por isso, essa conversação catequética é pouco saboreada.

É claro que o catequista pergunta, mas a pergunta dele já tem resposta pronta.

A conversação que não é catequética serve-se de perguntas para as quais ainda não há resposta.

Na conversação não catequética é preciso muito empenho no apoio do próprio aprender: não se deixar ensinar pelo outro.

É preciso muito empenho no apoio do aprender do outro: não cairmos no desperdício de querer ensinar ao outro.

Sem práticas de conversação que, em vista dos minguados e-mails dialogados circulando entre nós, tenho mesmo que lançar mão deste expediente. Em bom tempo terminamos o Verão e iniciamos o Outono com um quarto de mil palavras.

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