segunda-feira, 12 de março de 2012

Hinos ao pensamento livre

Petardo gnômico, apud Renzo Tosi, nº 1070: Liberae enim sunt cotigationes nostrae. (Nossos pensamentos são livres).

Essa expressão é extraída de um trecho de Pro Milone de Cícero (29,79) em que o orador incita a deixar livres os olhos da imaginação: contudo, às vezes é citada para indicar a absoluta liberdade do pensamento, que não pode sofrer coações externas. Frase semelhante, com essa acepção, mas com conotação nitidamente jurídica, encontra-se em Digesto (Ulpiano, 48,19,18: Cogitationis poenam nemo patitur, "ninguém pode ser punido pelos seus pensamentos"); ver também um trecho de San¬to Ambrósio (De virginitate, 17 [PL 16,293c]) e um de Tusculanae disputationes de Cícero (4,4,7), em que, recomendando-se que cada um exprima livremente seus pensamentos, diz-se: Sunt enim iudicia libera, "de fato, as opiniões são livres". Em to¬das as modernas línguas europeias existem correspondentes ao italiano I pensieri non pagano gabelle (arguta variante é constituída pelo toscano I pensieri sono esenti dal tributo, ma non dall'Inferno). =[Tem gente no Brasil querendo ser mais Belzebu que Belzebu? O Brasil não é o Inferno!]

A composição e uma primorosa tradução: http://www.rtp.pt/antena2/?t=Gustav--Mahler.rtp&article=780&visual=16&layout=27&tm=27&autor=795



E uma encantadora apresentação nas montanhas:

http://www.youtube.com/watch?v=3TdEtctcY0s&feature=fvwrel





Freud, 1927c: “... die Stimme des Intellekts ist leise, aber sie ruht nicht, ehe sie sich Gehör geschafft hat.” (A voz da razão lógica é suzave, todavia ela não descansa antes de fazer-se escutar.” (Die Zukunft einer Illusion, (O future de uma ilusao) GW 14:377).

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