As incertezas são coisas da vida; a certeza é coisa da morte
Por jlcaon@terra.com.br
Tolo é o cidadão que se martiriza com a certeza da morte. As incertezas da vida é que podem produzir tormentos e esperanças.
As incertezas com que temos que viver antes da morte podem tornar injustamente a morte – remédio para todas as incertezas – um acontecimento mais que amedrontador.
Há quem negue a morte, achando que o post-mortem pode ser pior que a vida com todas as incertezas de que é feita. E há quem consiga negar a morte, achando que o post-morte é melhor que a vida em que está vivendo.
Para quê negar a morte se já se é capaz de viver a vida com todas as suas incertezas com que ela se nos apresenta? Se o tempo presente é de presente, então saber o que fazer com ele em cada instante é que é sublimação.
Adiantaria ficar de aluguel nos discursos Freud de Lacan, Platão, Aristóteles, Kant, Hegel, Heidegger ou de toda uma procissão para quem o instante não é mais de presente?
Loucura é cidadania sem discurso, cidadania povoada de imagens fascinantes, mais poderosas que as alucinações dos loucos, mais destrutivas que os delírios dos dementes. Loucura maleva é servir voluntariamente de alimento vivo a vespas que inoculam imperceptivelmente seus germes feitos de imagens na alma cativada pelo gozo das promessas fascinantes, ferrões venenosamente imobilizadores.
Gozo de baratas zumbizadas por vespas equivale a gozo de cidadãos zumbizados e emudecidos por imagens?
http://www.youtube.com/watch?v=HFXwCTshwNA&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=DHAqNXhgmiU&feature=related
Nenhum comentário:
Postar um comentário