Primum vivere, deinde philosophari
Por jlcaon@terra.com.br - 120111020416
Conhecemos os sinais abandonados na estrada pelas equipes descuidadas.
Esses avisos têm sentido e utilidade enquanto as equipes dos trabalhadores estão operando. Depois da tarefa pronta, tornam-se inúteis e enganadores.
Assim é o pensador que pensa sem o contexto de vida em que vive. Não eram assim Sócrates, Platão, Aristóteles e tantos de quem conhecemos um pouco a filosofia de vida deles e a vida filosófica em que viveram. Kant, Heidegger, Wittgenstein, Stein, na maior parte do tempo, são exemplo desses filósofos cuja vida é sua filosofia e cuja filosofia é sua vida.
É assim esse conhecimento das placas de beira de estrada, como um conhecimento filosófico sem o saber filosofante: além de inútil, é enganoso. Desse conhecimento filosófico insípido, como o conhecimento dessas placas de estrada abandonadas, se pode dizer que é um conhecimento tal que com o qual ou sem o qual a estrada continua tal e qual.
Recusando o saber do conhecimento filosófico, os oficiantes desse conhecimento buscam o sabor, ao invés do saber, nas vaidades que as burocracias - entre elas as mais bem-sucedidas, as academias - sabem muito bem administrar.
Lemos e estudamos as vidas de Kant, Wittgenstein, Heidegger? A vida desses pensadores é a filosofa deles.
Hay hombres que de su ciencia
Tienen la cabeza llena;
Hay sabios de todas menas,
Mas digo sin ser muy ducho:
Es mejor que aprender mucho
El aprender cosas buenas. (Martin Fierro)
Science sans conscience n'est que ruine de l'âme. (Rabelais)
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