Terrorismo nas relações humanas
Por jlcaon@terra.com.br 120135040407
Um prático da psicanálise comenta que uma colega fora presa pelas forças do governo ditatorial sírio, ficou impossibilitada de entrar na França. Escandalizado, denuncia os lacanianos franceses que não teriam defendido a colega.
Sendo a psicanalista presa, Rafah Nached, então o entusiasmo do prático psicanalítico beiraria a fofoca, calúnia e terrorismo.
Teria acontecido a um psicanalista lacaniano palestino escutando o psicanalisante em situação psicanalítica de tratamento. Este, entre outras coisas, fala que vai festejar com os amigos. Recebera de presente duas garrafas de vinho Champagne de um grupo de simpatizantes do terrorismo.
O psicanalista estava informado sobre um movimento de simpatizantes se iniciando no terrorismo: presenteavam vinho francês envenenado. O psicanalisante dele seria uma das diversas vítimas que esse atentado iria perpetrar.
Lacaniano, mas apesar de lacaniano, o psicanalista contou ao psicanalisante sobre a nova estratégia do terrorismo. Mas, aflito com o procedimento inusitado, levou o assunto aos colegas de intercontrole.
Um prático da psicanálise veterano, um tanto sábio quanto a mariposa-mestra do conto de “As três mariposas e a chama da vela” (“A linguagem dos pássaros”, Farid udin Attar), diz: “Perder o psicanalisante ou mantê-lo psicanálise. Essa informação cuidou da psicanálise dele. O silêncio do psicanalista teria descuidado da psicanálise do psicanalisante. Ele não mais voltaria para a sessão psicanalítica.”
Felipe Néri (1515-1595) praticava uma sabedoria pedagógica e salomônica. É antológica a história de como fazia os humildes entenderem o que poderia produzir uma entusiasmada fofoca beirando a terrorismo.
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